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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Rafael, o maior dos pintores? Por quê?


Raffaello Santi, também conhecido como Rafael de Sanzio, eternizado na História da Arte simplesmente como Rafael, forma o quarteto de ouro do Renascimento com Leonardo, Michelangelo e Sandro Botticelli.
Sua biografia pode ser consultada aqui: http://www.pitoresco.com.br/universal/rafael/rafael.htm
Uma extensa galeria de suas pinturas pode ser vista na seção "O Belo Artístico", aqui mesmo na Estante.
Tendo vivido apenas 37 anos, Rafael alcançou um tão alto nível de produção que mereceu, ainda em vida, o título de "Príncipe dos Pintores". Giorgio Vasari, o grande biógrafo dos maiores artistas do Renascimento, em seu livro As vidas dos mais excelentes pintores, escultores e arquitetos, de 1550, destaca que entre seus admiradores estava o próprio papa Leão X, que chegou a pensar em nomeá-lo cardeal.

No nosso tempo, o mais respeitado dos historiadores da Arte, o austríaco Ernst Gombrich, escreve em seu A história da arte que é por conseguir uma representação idealizada mas não exagerada da natureza que Rafael marcou seu nome eternamente. Segundo o historiador, referindo-se à pintura "Galatéia", de 1512, "se atentarmos uma vez mais para a obra de Rafael, veremos que ele, de qualquer modo, pôde idealizar a natureza sem qualquer perda de vitalidade e lhaneza no resultado final. Nada há de esquemático ou calculado na graça de Galatéia. Ela habita um mundo mais brilhante de amor e beleza -- o mundo dos clássicos, tal como era concebido por seus admiradores na Itália quinhentista" (GOMBRICH, E. A história da arte. Rio: LTC, 2000, p. 320).

Rafael era tão reconhecido já em vida, que, quando faleceu, o cardeal Bembo, um dos grandes humanistas do período, escreveu o seguinte epitáfio para o túmulo do pintor no Panteão de Roma (único edifício da arquitetura clássica da antiguidade greco-romana conservado perfeitamente até nossos dias, sendo usado, desde o Renascimento, como última morada das mais ilustres personalidades italianas):

Aqui jaz Rafael; enquanto viveu, a Mãe Natureza

Temia ser por ele vencida; agora que está morto,

Ela receia morrer também.


Pessoalmente, minha admiração sem limites por Rafael é fato recente. Sempre amei a pintura, mas, ao longo dos anos, meus favoritos foram Claude Monet, Fra Angelico, Wega Nery, Pablo Picasso, John Singer Sargent e Edouard Vuillard. Somente nos últimos anos é que atentei para o fato de que o que me aproxima desses pintores, a perfeição formal, o colorido, o jogo de luzes, o diálogo com a história da Arte, tudo isso já está em Rafael -- e num nível, sinceramente, muito mais alto. Assim, não deixei de admirá-los, só aceitei a verdade que meus olhos me mostram com evidência: o que nos acostumamos a chamar de pintura no Ocidente, sejamos especialistas ou simples diletantes, é o que Rafael pintou.

A você, amizadinha, fica, então, o convite para ver se estou dizendo a verdade. Clique já em "O Belo Artístico"!

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