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domingo, 13 de novembro de 2011

O balé é mulher - Georges Balanchine

Depois de um longo tempo, aqui estamos novamente, lembrando da promessa de felicidade que a beleza nos traz, como diria Stendhal.
Recentemente, ao procurar estabelecer uma comparação entre as visões de arte e de vida que o Classicismo e o Romantismo privilegiaram, exibi, para a turma do III Período, exemplificando a primeira, "Diamantes" uma das coreografias que compõem o balé "Jóias", de George Balanchine. Por isso, resolvi reunir aqui um material relacionado ao tema, de maneira que os interessados possam conhecer um pouco mais do artista e de sua obra.

George Balanchine: o homem


O coreógrafo nasceu em São Petersburgo, Rússia, em 1904, e morreu em Nova Iorque, em 1983. Filho de um compositor, estudou composição e piano antes de entrar para o balé. Em nome dessa arte, viveu fugiu da União Soviética para Paris em 1924, trabalhando por anos como coreógrafo dos Ballets Russes, de Serge Diaghilev. Posteriormente, emigrou para os Estados Unidos, onde viria a fundar o New York City Ballet, companhia que até hoje encena seus balés.
Mais informações sobre ele podem ser vistas aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/George_Balanchine.
O sítio do NYCB está aqui: http://www.nycballet.com/nycb/home/
O endereço da Fundação George Balanchine é este: http://www.balanchine.org/balanchine/index.html

Balanchine: o estilo


Mesclando suas influências do balé clássico com a ambientação cultural modernista em que passou a circular depois que foi para Paris, Balanchine acabou por desenvolver um estilo único de balé, que, utilizando como base estética a técnica clássica, soube absorver as questões do mundo contemporâneo, dando origem a peças extraordinárias, capazes de deslumbrar os olhos com as belíssimas figuras compostas por movimentos limpos e seguros, ágeis e acrobáticos, mas também de despertar no público a reflexão sobre a condição humana.
Muitas imagens de Balanchine e suas obras podem ser vistas neste linque: http://www.google.com.br/search?q=balanchine&hl=pt-BR&rlz=1C1ARAA_enBR433BR433&prmd=imvnsb&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=xtW_TvT9M43EgAfrlZytBw&ved=0CDUQsAQ


Balanchine na internet


Clicando neste linque http://www.nycballet.com/company/viewing.html#, você poderá ver dezenas de vídeos de balés, concertos e entrevistas associados a Balanchine e ao trabalho atual do NYCB, seus coreógrafos, bailarinos e diretores.

O sublime Balanchine


Uma das frases famosas de Balanchine é a que dá título a esta postagem: "O balé é mulher". Para ilustrá-la, postei, na seção "Vídeos sublimes", o balé "Serenade", dançado pela Companhia Nacional de Bailado, de Lisboa, Portugal.

Uma imagem diz mais...


Na seção "A imagem da semana", estão Rebecca Krohn e Albert Evans, numa cena de "Movimentos para Piano e Orquestra", criado por Balanchine sobre música de Igor Stravinsky, o compositor russo e seu amigo pessoal, que revolucionou a música do século XX.






domingo, 3 de outubro de 2010

O Barroco e a vida como espetáculo

Amizadinha, tudo bem? Finalmente, choveu em Uberaba, lavando a atmosfera e nos permitindo respirar melhor.
Você já deve ter percebido como, nos dias atuais, é mais importante parecer do que ser, não é? Costumeiramente, atribuímos isso ao impacto dos meios de comunicação, que tornaram tudo uma esfera pública, oferecendo a qualquer um, mesmo os desprovidos de qualquer talento, oportunidade de se exibir 24 horas por dia. O nosso é um tempo com pouquíssimo espaço para o ensimesmamento e o autoconhecimento, elevando a extremos a natural característica humana de usar máscaras para impressionar positivamente os outros.
Entretanto, não é de hoje o surgimento de uma cultura do espetáculo. O que foi o período barroco, se não isso?
Para estimulá-lo a refletir sobre essa questão, proponho a fruição de algumas obras artísticas daquele período.
Na seção O belo artístico, você pode ver a obra-prima da escultura barroca, "O êxtase de Santa Teresa", do italiano Gian Lorenzo Bernini (1596-1680), considerado o mestre de sua arte naquele tempo. Observe como a santa é representada fazendo um verdadeiro espetáculo visual, nos movimentos de seu corpo e vestimentas, na expressão de seu rosto, daquilo que é puramente espiritual: sua comunhão com a divindade, tal como descrita em seus escritos místicos. Não deixe de notar também a sensacional materialidade do corpo... do anjo!
Em O poema da semana, você encontrará um texto em prosa, mas por um bom motivo: trata-se da terceira das Cartas de amor, escritas por Sóror Mariana Alcoforado, uma freira portuguesa que viveu entre 1640 e 1723 e que manteve um ardente caso de amor com um militar francês. Seduzida e abandonada, ela enviou a ele cinco cartas em que torna sua paixão e sua dor um espetáculo, por meio de uma expressão linguística sempre arrebata. Você vai chorar diante de tanto sofrimento... ou morrer de rir!
Em A imagem da semana, postei um quadro de Hyacinthe Rigaud, o Retrato de Luís XIV, de 1701. Você não acha que o Rei-Sol está vestido como um rockstar? Freddie Mercury, do Queen, não ficaria mal em tais roupas e pose...

sábado, 14 de agosto de 2010

ARTISTAS PORTUGUESES

Amizadinha, tudo azul?
Depois de uma pausa bem-vinda, neste semestre estudaremos, entre outros escritores significativos, a obra poética de Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004), um dos maiores nomes da Literatura Portuguesa contemporânea. Artista de muitos matizes, Sophia nos legou uma obra de rica e variada estrutura formal, explorando temas como as Navegações de Quinhentos, a resistência ao salazarismo, os deuses da mitologia grega, o mar e a infância. Seus poemas são belos, belíssimos.
Um exemplo disso pode ser conferido na seção O poema da semana, que oferece "A escrita"; nele, é citado o poeta emblemático do Romantismo, Lord Byron (1788-1824), que viveu por longo período no Palácio Mocenigo, em Veneza, que também é citado no poema; em memória disso, A imagem da semana reproduz um dos salões do Palácio.
Contemporânea de Sophia, Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992) foi uma rara pintora portuguesa de renome internacional. Radicada em França, expôs em muitos museus e galerias do mundo inteiro, inclusive no Brasil, onde viveu por vários anos. Dela, em O belo artístico, pode ser visto "Estuarie bleu" (1974), que exemplifica a mescla de figurativismo e abstração que a consagrou.
Acompanhando a poesia e a pintura, vem a música, ilustrada, nos Videos sublimes, por "Haja o que houver", uma das mais belas canções dos Madredeus, ainda da época da cantora Teresa Salgueiro, cujos tom e fraseado evocam os melhores momentos da lírica portuguesa.
Mais informações sobre esses artistas podem ser vistas nos seguintes sítios:

http://www.maricell.com.br/sophiandresen/sophia_m_b_andresen.htm
http://fasvs.pt/coleccao/vieira
http://www.spectrumgothic.com.br/literatura/autores/byron.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Madredeus
http://www.madredeus.com/