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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Orfeu, o eterno

Olá, amizadinha! Tudo azul?
Pensando no curso de extensão sobre as relações entre mito e literatura que as professoras Fani e Deolinda e eu ministraremos na próxima semana, postei uma série de obras relacionadas ao Príncipe dos Poetas.
Na seção "O Belo Artístico", uma pintura de Corot (1796-1875), um dos mestres da pintura de paisagens na tradição do Neoclassicismo francês.
Nos "Vídeos sublimes", duas apresentações que ilustram muito resumidamente o alcance da presença de Orfeu na cultura ocidental: o Maestro Gamela interpreta ao violão o "Samba de Orfeu", de Luiz Bonfá, ligado à peça "Orfeu da Conceição", de Tom e Vinícius (veja abaixo); Dame Janet Baker, uma das grandes mezzo-sopranos do século XX, interpreta uma ária da ópera "Orfeu e Eurídice", primeira grande realização da ópera barroca, de autoria de Cristopher Willibald Gluck.
No "Poema da Semana", um soneto em castelhano de Luís de Camões.
Na "Imagem da Semana", uma pintura de Alexandre Séon (1855-1917), Simbolista francês.
Além disso, neste linque http://www.jobim.com.br/colab/orfeu/orfeu_monologo.html, você pode ler um trecho da peça de Tom e Vinícius, além de ver outras informações sobre ela.
As pedras, quando Orfeu tocava sua lira, se aproximavam para ouvi-lo, os animais selvagens se acalmavam. Você ficará imune ao seu canto, que atravessa os milênios?

4 comentários:

  1. Ai, que inveja de quem vai poder assistir esse curso sobre mito e literatura! Bem que eu queria participar também. =/

    Jéssica

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  2. E o que Orfeu tem haver com isso? Ah, essa simbologia de céu, inferno, terra, ar... Quem garante que o inferno de Hades não seja bem isso aqui que vivemos? Quantas vezes, dentro de nossos devaneios e nossas sombras da psique precisamos da intervensão de Perséfone para encontrarmos nossa luz? Quantas e quantas vezes o nosso coração melodioso evoca amargamente com voz doce nossos desalentos? E a sucessão dos fatos de olhar pra trás quando se é pra seguir em frente. Orfeu se faz presente diariamente dentro de cada ser humano que, como já citado acima, são como as feras ou as pedras - de tão melodiosa é a vida ouvem os sons que emanam da própria alma e amansam nossa dureza e nossa selvageria internas.
    Ótimo curso, ótimas aulas, e agora que permitimos Eurídice encontrar a luz, possamos olhar pra trás e resgatar a riqueza do conhecimento nos passado esses dias e buscar o som da cítara do conhecimento que ainda se esconde da nossa percepção!
    Há braços!

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  3. Orfeu abriu minha cabeça acerca de poesia e me fez concordar com uma frase de Augusto de Campos: "tudo está dito".Adão,o nomeador disse o tudo,no entanto,humildemente,completo Augusto,tudo está dito,exceto o que é redito. Desse processo de redizer é que brota a magia da poesia, é aí que o canto de Orfeu se perpetua direta e indiretamente,dialógica e dialeticamente.

    Pensando mais sobre Vinícius e também em Tom Jobim. Vinícius é poeta, cantor, músico e parece em sua vida ter buscado sempre sua Eurídice e sempre que pensava tê-la encontrado, a amava como Orfeu e talvez quando a perdia, a perdia também como Orfeu, só que em alguns momentos recria um Orfeu descrente do amor.Estou falando demais,vou concluir logo...

    Jobim se junta com Vinícius pela primeira logo para falar de Orfeu,obviamente que essa música ganharia o mundo. Para mim, Jobim com sua música completa um tom Órfico de Vinícius,devido a sua ligação bastante forte com a natureza.Portanto juntos, suas canções e poesia continham o amor,a recriação do mito e a natureza.

    Abraços,Carlos,fico gratíssimo pelo curso!

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  4. Professor, é enriquecedor descobrir Orfeu nos mais diversos caminhos... Mais um conhecimento se descortina e a vida passa a ser mais precisa... Sugiro acrescentar na bagagem, para uma próxima oportunidade a presença de Orfeu no carnaval. A Viradouro levou “Orfeu , o negro do carnaval” à avenida em 1998.

    Lá, onde a vida faz a prece
    E o Sol brilhante desce para ouvir
    Acordes geniais de um violão
    É o reino de Orfeu, rei das cabrochas
    Seduzidas pela sua inspiração
    Eurídice, o verdadeiro amor
    Do vencedor por aclamação geral
    Da escola de samba do morro
    Que vai decantar nos seus versos
    A história do carnaval

    Obrigado pela partilha de tanto conhecimento.

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